quinta-feira, 2 de setembro de 2010

Vegetarianismo


Confusão em relação aos termos

Há uma confusão em relação aos termos “vegetariano” e “vegetarianismo”. Muitas pessoas sem conhecimento aprofundado sobre o assunto associam-nos a correntes dietéticas como o naturalismo e a macrobiótica; ou consideram que vegetarianos são aqueles que se abstém do consumo da carne vermelha, mas que podem consumir a carne branca, ovos, leite, mel, etc.

Vegetarianos são definidos como pessoas que apenas não comem carnes de animal algum, podendo porém consumir leite (lacto-vegetarianos), ovos (ovo-vegetarianos), ovos e leite (ovo-lacto vegetarianos), mel (api-vegetarianos), além dos vegetarianos estritos que são tratados como “veganos”.

Entende-se que o que se convencionou chamar de “ovo-lacto vegetarianismo” seja uma importante fase de transição em direção ao vegetarianismo, mas se a intenção do praticante não for a adoção do vegetarianismo a adoção dessa prática dietética não tem qualquer razão de ser. Ela não é compatível com os direitos animais, nem com um melhor estado de saúde, nem com a preservação de áreas naturais, nem com a melhor distribuição de alimentos. Trata-se apenas de uma preferência pessoal, sem qualquer ideologia associada.

O vegetarianismo pode estar associado ou não a outras práticas dietéticas. Assim, existem vegetarianos que são macrobióticos, vegetarianos que são crudivoristas, vegetarianos naturalistas, frutarianos. Embora em nível individual essas práticas possam se associar, elas não estão atreladas. Há, por exemplo, macrobióticos, naturalistas e crudivoristas que consomem produtos de origem animal e vegetarianos que consomem alimentos processados.

De que se alimentam os vegetarianos?


Vegetarianos alimentam-se exclusivamente de alimentos de origem vegetal: Cereais, grãos, verduras, legumes, frutas, sementes e nozes. Embora cogumelos e leveduras não sejam taxonomicamente vegetais, eles são biológica e popularmente associados a vegetais e podem ser consumidos por vegetarianos.

A dieta vegetariana é adequada para satisfazer as necessidades humanas de proteínas, lipídeos, carboidratos, minerais e para a grande maioria das vitaminas. O vegetarianismo pode, igualmente, ser praticado por pessoas em todas as fases de sua vida: Crianças, adultos, idosos, homens, mulheres, gestantes, atletas.

Porém, como na dieta convencional, os maus hábitos podem levar a carências ou excessos nutricionais. Por esse motivo faz-se necessário o consumo de alimentos em quantidade e qualidade adequados.

Vantagens da adoção do vegetarianismo

A principal motivação que leva à adoção do vegetarianismo é a ética. O vegetarianismo ético é uma forma de se alinhar comportamento alimentar com crenças e valores relativos aos direitos dos animais.

Embora essa seja a motivação, muitos são os benefícios advindos da adoção dessa corrente dietética. Muitos estudos mostram que o vegetarianismo está relacionado a uma melhor qualidade de vida e longevidade. Igualmente, vegetarianos padecem menos de diabetes, arteriosclerose, reumatismo, hipertensão, osteoporose, anemias, doenças cardíacas, doenças renais, doenças respiratórias, derrame, esclerose múltipla, alguns tipos de cânceres e obesidade, as principais causas de morte e incapacidade atualmente no mundo.

A abstenção do consumo de produtos de origem animal teria efeitos positivos também para o meio ambiente, reduzindo a pressão pela abertura de novas pastagens e campos para cultivo de alimento para animais, reduzindo o consumo de água, erosão do solo e produção de metano e outros poluentes.

Além disso, uma população vivendo de dietas vegetarianas possibilitaria o sustento de maior quantidade de pessoas em menor quantidade de terra, melhorando a distribuição de alimentos e reduzindo o problema da fome e da má distribuição de recursos.

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